A importância da doação de órgãos
A doação de órgãos é um ato de solidariedade que pode salvar muitas vidas. No Brasil, milhares de pessoas aguardam em listas de espera por um transplante que pode lhes devolver qualidade de vida ou mesmo garantir a sobrevivência. O Dr Luiz Teixeira da Silva Junior destaca que a conscientização da população é essencial para aumentar o número de doadores e melhorar o sistema de saúde pública.
Decisão de doar: como funciona?
O processo de doação de órgãos começa com a decisão de uma pessoa em vida ou de seus familiares após o falecimento. No Brasil, a legislação exige que a família autorize a doação após a morte encefálica do paciente. Por isso, é fundamental conversar com os familiares sobre o desejo de ser um doador, garantindo que sua vontade seja respeitada.
Essa autorização é formalizada por meio de uma entrevista com a equipe médica responsável, que explica os procedimentos e esclarece todas as dúvidas dos familiares. A comunicação clara e empática é um fator crucial nesse momento delicado.
Diagnóstico de morte encefálica
Para que a doação de órgãos ocorra, é necessário que a morte encefálica seja confirmada. Esse diagnóstico é realizado com base em critérios clínicos rigorosos, exigidos pelo Ministério da Saúde. Dois médicos diferentes e independentes precisam atestar a morte cerebral, com exames específicos e em momentos distintos, garantindo a segurança do procedimento.
Captação dos órgãos
Com a autorização familiar e o diagnóstico confirmado, a equipe de captação é acionada. Médicos, enfermeiros e profissionais especializados trabalham com agilidade para preservar os órgãos viáveis. Coração, fígado, rins, pulmões, pâncreas e córneas são os órgãos mais comumente doados.
O transporte dos órgãos exige logística eficiente, com apoio de aeronaves, ambulâncias e equipes sincronizadas em diferentes regiões do país. Todo o processo é coordenado pela Central Nacional de Transplantes, garantindo que os órgãos cheguem aos receptores no tempo certo.
Compatibilidade entre doador e receptor
Para que o transplante seja bem-sucedido, é necessário compatibilidade entre o doador e o receptor. Fatores como tipo sanguíneo, peso, altura e condição de saúde são analisados. Além disso, o tempo de espera na fila é considerado, respeitando critérios de urgência e prioridade.
A fila única, gerenciada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), garante equidade no acesso aos órgãos, evitando favorecimentos e priorizando quem realmente precisa.
O transplante e os cuidados pós-operatórios
Após a cirurgia, o paciente transplantado passa por um período de recuperação intensiva. A equipe médica monitora possíveis sinais de rejeição e ajusta a medicação imunossupressora para evitar que o novo órgão seja atacado pelo sistema imunológico.
O Dr Luiz Teixeira da Silva Junior reforça que o sucesso do transplante depende não apenas da cirurgia, mas também do acompanhamento contínuo. Consultas regulares, exames periódicos e uma vida saudável são essenciais para garantir o bom funcionamento do órgão transplantado.
Como ser um doador de órgãos
Qualquer pessoa pode ser um doador, independentemente da idade. O mais importante é informar sua família sobre esse desejo. Não é necessário deixar por escrito ou registrar em cartório – basta que os familiares saibam da decisão.
Campanhas de conscientização são realizadas frequentemente, com apoio de instituições públicas e privadas. O site do Ministério da Saúde e hospitais de referência, como os em que atua o Dr Luiz Teixeira da Silva Junior, oferecem informações detalhadas sobre o processo.
Reflexão final
A doação de órgãos é um gesto que transcende a vida e promove esperança. Ao decidir ser um doador, você oferece a alguém a oportunidade de continuar vivendo. Conheça mais, informe-se e converse com sua família sobre esse ato de amor.

Patologista | Gestor público | Autor | Cônsul adido do Chipre | Compartilhando vivências e reflexões sobre saúde, sociedade e vida pública.